quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

O DESFILE TRIUNFAL DE CRISTO II




O DESFILE TRIUNFAL DE CRISTO II

2Co 2:15-16

porque para Deus somos o aroma de Cristo entre os que estão sendo salvos e os que estão perecendo. Para estes somos cheiro de morte; para aqueles fragrância de vida. Mas, quem está capacitado para tanto?


Ao escrever esta passagem da carta aos Coríntios, Paulo tem em mente o antigo desfile triunfal. Os generais vencedores faziam uma espécie de cortejo, onde seus prisioneiros de guerra eram exibidos como troféus e deveriam queimar o incenso em honra ao Imperador. Aquele perfume espalhava-se e onde o aroma chegasse os homens sabiam que César era o senhor do Império, o soberano.

Interessante como Paulo vê a si mesmo como  prisioneiro de Jesus que queima o incenso, que exala o perfume de Cristo em todo o lugar e em todas as circunstâncias. Ao escrever aos filipenses, o apóstolo, que estava preso, disse que se tornou “embaixador em cadeias” e através da sua prisão, a guarda pretoriana tomou conhecimento do Evangelho (Fp 1:12-14); aos coríntios ele disse: “dia após dia eu morro”, pois nele operava a morte, mas na Igreja em Corinto operava a vida (2Co 4:12). Paulo tinha uma profunda consciência de que era um vaso de barro mas que continha um tesouro precioso (2Co 4:7) e uma grande responsabilidade como despenseiro dos mistérios de Deus (1Co 4:1). Por meio dele o Evangelho expandiu-se chegando na Europa, em Roma e algumas fontes extra bíblicas apontam a Espanha.

Contudo a fragrância que Paulo exalava tinha um duplo efeito: aroma de vida para quem está sendo salvo e aroma de morte para quem está perecendo. Isto me faz refletir sobre autoridade da Palavra de Deus, que tanto pode salvar como condenar, dependendo como ela é recebida. Paulo não mercadejava a Palavra, não falsificava a mensagem porque como escravo de Cristo importava agradar a Deus. Aqueles que recebem a Palavra recebem vida, quem rejeita permanece na morte.

            Através da Igreja o perfume de Cristo vai encher todo lugar, o Cristo será manifesto, sua multiforme sabedoria será conhecida, seu amor experimentado, sua compaixão será estendida. É claro que será sempre cheiro de vida para quem crê e cheiro de morte aos que perecem. A nós cabe proclamar, ao Senhor cabe salvar, a quem ouve cabe receber.

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